A bola de futebol que gera energia elétrica

Recebi no facebook, um interessante artigo enviado por uma prima minha. Ele mostra o exemplo de um grande benefício proporcionado aos moradores de algumas regiões do mundo onde a energia elétrica, por uma série de motivos, não pode ser utilizada pelas pessoas. Em alguns destes lugares a energia não está mesmo disponível, e em outros, apesar da disponibilidade, os habitantes da região não conseguem dinheiro suficiente para pagar por este serviço que nós consideramos essencial nos dias de hoje.
Quatro estudantes americanas inventaram e distribuíram em alguns lugares como estes, uma bola de futebol que segundo elas após ser usada durante apenas meia hora em uma "pelada" entre crianças durante o dia, pode manter acesa à noite, durante 3 horas, uma lâmpada LED que é fornecida juntamente com a bola, e que é conectada a ela por um plug. Veja este vídeo curtinho, de um minuto para entender melhor:

Em alguns locais da África, muitos estudantes já têm se beneficiado da iluminação proporcionada desta forma, possibilitando assim que eles se livrem do incômodo causado pela fumaça e gases tóxicos liberados pelas lamparinas ou velas.

Como funciona
Já estão se tornando bem conhecidas as diversas formas alternativas de se gerar energia elétrica a partir da energia cinética devido ao movimento. O ENEM já explorou o tema citando uma mochila que carregava um dispositivo dentro dela que gerava energia elétrica a partir do balanço durante uma caminhada. Na verdade, sempre que eu falo aos meus alunos sobre a energia cinética, que é um tipo de energia que muitos deles desconhecem, e que está associada à velocidade de um objeto, eu digo que um dos maiores feitos dos tempos modernos foi justamente a descoberta de que este tipo de energia de movimento podia ser convertida em energia elétrica.
Michael Faraday, um excepcional auto-didata, ao qual o blog Baricentro da Mente se referiu brilhantemente em um artigo (clique aqui para ler) do amigo e colaborador Kleber Kilhian, descobriu o fenômeno da indução eletromagnética. Ele teria sido uma das primeiras pessoas a perceber que o movimento de um ímã nas proximidades de um condutor elétrico, era transformado em corrente elétrica. Isso revolucionou o nosso modo de vida, pois possibilitou a geração de energia elétrica de várias formas, inclusive esta da bola de futebol, que foi batizada de Soccket, e que através do giro e rolagem dos componentes magnéticos internos durante o jogo, gera corrente elétrica que permite que uma carga seja armazenada em uma bateria interna, a qual será novamente convertida em corrente a ser fornecida posteriormente à lâmpada durante a noite. Com certeza, uma grande invenção que eu fico torcendo para que seja aprimorada e possa se difundir mais e mais pelo mundo.

Fontes:
http://unchartedplay.com/
http://blog.unchartedplay.com/
http://obaricentrodamente.blogspot.com.br/2013/08/como-faraday-se-tornou-autodidata.html

7 comentários:

  1. Olá, Jairo!!!!
    Olhando a foto e antes de completar a leitura do título da postagem, pensei que esse menino africano, estava chupando um ovo de avestruz!!!!! KKKKKKKKKK!!!!!!!!! Mas, ele na verdade está mesmo é... tomando "goles de elétrons" que é pra dar choques nas lombrigas, rsrsrsrs!!!!!
    Ah, bom!!!! Pela explicação dada no artigo, essa bola, usa o mesmo sistema de uma marca de um relógio de pulso, que gera a sua eletricidade através de um dispositivo interno semelhante!!!! Também, faz poucos dias, eu li que um grupo de estudantes brasileiros, apresentaram em uma feira de ciências, um sistema gerador/carregador de energia para celular, localizado nos sapatos!!!! à medida que se caminha, produzimos eletricidade!!!! São projetos práticos e interessantes!!!!
    Essa bola, não me foi entregue quando eu, na minha juventude, lá em Macau/RN, como não havia eletricidade ali, eu, o meu pessoal e os outros pobres do município (os ricos podiam usar os candieiros "Coleman") devido à fuligem do querosene queimado nas lamparinas gigantes, as "piracas" usadas para a iluminação, ficávamos com os olhos avermelhados e também, com as marcas de poluição no rosto, como contam ali no artigo!!!!! As minhas irmãs, pareciam umas "negras-malucas"!!!! KKKK!!!!! Tempos difíceis, aqueles!!!!
    Um abraço!!!!!

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    1. Olá, Valdir.
      Realmente. Olhando bem, parece que o menino está mesmo chupando um ovo de avestruz. Eu resolvi colocar a foto original do artigo que minha prima me mandou pelo facebook, que achei muito linda.

      Eu acho que esta maneira de gerar energia através de dispositivos pequenos e portáteis tende a se popularizar cada vez mais. É uma excelente maneira de evitar que se sobrecarregue ainda mais a demanda de energia gerada pelas formas mais tradicionais: Nucleares, Termos, e Hidroelétricas. Cada uma destas três tem seus defeitos. Até a eólica, que eu já escrevi aqui sobre ela, tem gente achando desvantagens.

      Estas lamparinas a querosene são muito ruins para as crianças. Você teve que passar por isso, e se formos pensar, não faz tanto tempo assim, se compararmos com o tempo em que muitas regiões do Brasil já dispunham dos benefícios dos sistemas de distribuição de energia elétrica no país. Há muito ainda que melhorar neste sentido aqui mesmo na América Latina. Muitas crianças ainda têm que estudar com luz de vela ou lamparina, e ficam respirando os gases e a fumaça, além da fuligem escurecendo o rostinho delas.

      Muito bom este seu depoimento.

      Abraço

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  2. Estimado amigo Jairo Grossi,

    Deixo minhas congratulações por este brilhante post. Que o sítio INFRAVERMELHO, dirigido por este grande cavalheiro, ultrapassasse ainda mais as fronteiras internacionais. Lemo-nos com muito bom agrado. ;)

    Cordialmente,

    Cavalcanti.

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    1. Amigo Cavalcanti.
      A minha gratificação é saber que há sempre em algum lugar um amigo apreciando os assuntos que escolho para divulgar no INFRAVERMELHO.
      Abraço, e mais uma vez obrigado pela gentileza da visita ao blog, bem como pelo comentário.

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  3. Olá Jairo. Realmente uma ideia excelente dessas duas mulheres de Harvard. Parece que tudo começou com hamsters. Achei este site com um pouco da história:
    http://www.bostonglobe.com/sports/2013/03/10/smarter-soccer-ball-produces-energy/7oJKGzH7zV5uwfl2LEzaLM/story.html
    Até o Brasil foi fonte de testes. Coisas que não ficamos sabendo, pois não interessa para a mídia. A carga máxima de 16horas, gera energia para 72 horas. Muito legal.

    Já tinha lido o seu artigo antes pelo celular no metrô, mas não deu tempo de comentar. Obrigado por mais esta informação!

    Grande abraço!

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    1. Certo, Kleber.
      Obrigado pelo link. Não sabia que com esta carga máxima de 16 horas a bateria podia gerar energia para até 3 dias. Obrigado pela informação. Vou usá-la nas minhas aulas, pois gosto de mostrar aos alunos estas novidades interessantes que servem de grandes exemplos de como as invenções da física, feitas por cientistas como Faraday, ajudou e ajuda a melhorar a condição de vida de tantas pessoas. Quando contei sobre a bola para eles, muitos acharam bem legal, e aí eu aproveitei pra fazer uma propagandazinha do meu blog.

      Abraço.

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  4. Jairo, veja este vídeo que ideia fantástica!

    http://br.noticias.yahoo.com/video/documento-yahoo-fritando-bifes-com-161423555.html

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